Após a reação da imprensa em apoio ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, o senador Eduardo Girão (NOVO/CE) destacou a reação desproporcional do ministro ao se recusar a receber uma réplica de um feto de 11 semanas de gestação em um protesto do senador contra o aborto. O episódio ocorreu na última quinta-feira (27/04).
“A reação foi desproporcional, o que mostrou uma grande intolerância à causa e que esse governo enganou os brasileiros, porque disse que era pró-vida, mas não é”, disse Girão em entrevista à TV Jangadeiro.
Ele ainda afirmou ainda que entregou a réplica para diversas autoridades, mas “nunca aconteceu uma recusa dessa, porque isso é um símbolo mundial pró-vida. Ele, como ministro de Estado, tem que ser tolerante com todas as linhas de pensamento”.
Na última quinta-feira (27/04), em audiência no Senado, o ministro Silvio Almeida negou o “presente” e pediu respeito à filha que está prestes a nascer. Afirmou ainda que a atitude do parlamentar era um “escárnio”.
O ministro defende o “direito” ao aborto, que é uma prática de eliminação da vida humana no ventre da mãe. Paradoxalmente, o ministro pediu respeito à filha em gestação para protestar contra a manifestação de Girão.
“Eu não quero receber isso por um motivo muito simples: eu vou ser pai agora. E eu sei muito bem o que significa isso. Isso para mim é uma performance que eu repudio profundamente. Isso para mim, com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que nós temos no país”, disse o ministro.
A imprensa e os políticos favoráveis ao direito de matar no ventre das mães correram para defender Almeida. A mulher de Lula da Silva (PT), Dona Rosângela da Silva, a “Janja”, saiu em defesa do ministro: “Toda minha solidariedade ao amigo e Ministro @silviolual. Você é gigante, eles são um nada, a mais fiel representação da mediocridade. Sinta meu abraço fraterno. #estamosjuntos”, escreveu a mulher de Lula.