Agitou os bastidores de Brasília a notícia do encontro do vice-presidente da República Hamilton Mourão com o ministro Luís Roberto Barroso, o “office boy” de José Dirceu nas cortes superiores.

A informação foi divulgada pela primeira vez pelo jornal O Estado de S. Paulo na perspectiva de que o vice-presidente, general de Exército, teria ido ao encontro de Barroso para tranquiliza-lo sobre a hipótese de um golpe militar.

Do lado governista, porém, acendeu a luz vermelha. Mourão nunca foi fiel a Bolsonaro e, seguramente, fora convidado por Barroso para iniciar entendimentos golpistas contra Bolsonaro, como um impeachment, por exemplo.

Como agente da esquerda, Barroso estaria costurando uma aproximação do campo socialista com os militares descontentes com o bolsonarismo e sabe que Mourão precisaria ser a pedra de toque desse movimento golpista.

Atento à iniciativa de Barroso e às investidas de Moraes contra pessoas ligadas ao movimento conservador, Bolsonaro decidiu reagir e anunciar o pedido de abertura de processo de impeachment contra os dois ministros.

A atual fase da engenharia de um golpe contra Jair Bolsonaro pode passar a ter a participação direta de Hamilton Mourão. Observar os passos de Mourão é fundamental a partir de agora.