Uma situação contraditória tem revoltado alguns iguaçuanos mais atentos. Apesar da quarentena que proibiu a maior parte da atividade econômica do município, a Prefeitura não tem impedido a cobrança do estacionamento em logradouros públicos pela concessionária Smart Park.
A decisão de proibir o funcionamento das empresas no município foi justificada pela necessidade de retirar as pessoas das ruas e diminuir a interação humana, responsável pelo contágio. A cobrança pelo uso das vagas nas ruas da cidade, além de colocar os trabalhadores e os motoristas em contato uns com os outros, ainda exige o manuseio de dinheiro em espécie, um dos principais meios de transmissão de epidemias virais.
Deve-se registrar ainda que o Governo Federal disponibilizou meios de manutenção de uma renda mínima para os profissionais autônomos, bem como a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho para os trabalhadores formais, com um salário sendo pago pelo governo.
Não há nada que justifique a atividade dos cobradores da Smart Park se toda a sociedade está proibida de trabalhar. Guardador de automóveis não é atividade essencial e não são super heróis para serem expostos pela concessionária e pela omissão do Prefeito Rogeria Lisboa, que permite que isso aconteça, ao risco que os governantes usam como justificativa para impedir o funcionamento das empresas e o trabalho dos autônomos.