Embora a mídia mundial, artistas e ONGs ambientalistas ataquem o atual governo brasileiro pelo desmatamento da Amazônia, as razões não são ambientais. A média da área de desmatamento da Amazônia legal desde a posse de Jair Bolsonaro foi equivalente a menos da metade da média dos tempos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dos oito anos de Governo Lula, Marina Silva foi a ministra do Meio Ambiente durante cinco anos e cinco meses. O desmatamento no período teve números expressivos, com aumento nos primeiros anos de governo e uma forte diminuição nos anos de 2009 e 2010, após a saída de Marina.
A média anual dos anos do Governo Lula foi de 17,5 mil Km² de área desmatada. Segundo dados do INPE, nos dois primeiros anos do Governo Bolsonaro, os números foram de 9.762 Km² em 2019 e um pouco mais de 8 mil Km² em 2020, uma média de 8,9 mil Km² anuais.
Os números ainda são altos e os tempos de Lula e Marina não devem servir de parâmetro. Por isso, o Presidente Bolsonaro designou o General Hamilton Mourão, vice-presidente da República, para comandar o Projeto Amazônia. E os resultados já surgiram como demonstra a redução dos números de 2019 para 2020.
O Governo Bolsonaro reduziu sensivelmente o financiamento de ONGs ambientalistas e é aliado do agronegócio brasileiro, que é visto pelos países europeus como uma ameaça ao seu mercado interno. O avanço do produto agrícola nacional, mais competitivo, pode significar uma quebradeira na agricultura europeia.
As razões para a condenação da política ambiental do Governo Bolsonaro não são por razões ambientais, mas por razões econômicas e geopolíticas. A regulamentação ambiental exagerada deixou de ser um cabresto usado para segurar o produto agrícola brasileiro e reside aí a causa da gritaria.
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