A prefeitura de Nova Iguaçu (RJ) procurou o Ministério da Justiça para pedir ajuda contra o crime organizado, que vem cobrando taxas para permitir a continuidade de obras públicas. Nesta terça-feira (09/01), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, também denunciou a mesma prática na capital.
De acordo com Paes, criminosos cobraram uma taxa para garantir a continuidade da construção do Parque Piedade, na Zona Norte do Rio. As obras começaram em novembro de 2023. O local da construção é o antigo campus da Universidade Gama Filho, onde havia quatro edifícios, que foram implodidos. O valor pedido pelos bandidos foi de R$ 500 mil.
A Polícia Civil abriu um inquérito de ofício para apurar o caso, que está a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO).
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SE PRONUNCIOU
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, a Ricardo Cappelli, disse que o crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento e que a empreiteira não pode pagar nada a eles.
Procurada, a Polícia Federal disse que não comenta sobre eventuais investigações em andamento. Já o governo do Estado disse que o combate ao crime organizado vem sendo feito com o apoio de todos os recursos disponíveis. Além disso, o governo declarou em nota que, na atual gestão, já foram investidos mais de 2 bilhões e meio de reais em Segurança Pública.
PRÁTICA FREQUENTE
Esse não é o primeiro caso de bandidos cobrando taxas de obras públicas. Em dezembro, foi divulgado casos envolvendo o miliciano Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho.
De acordo com denúncia do Ministério Público, os criminosos chegavam a “embargar” as construções que estavam inadimplentes com o grupo criminoso.
O Ministério Público afirma que havia uma verdadeira “empresa” para cobranças, controles de pagamento, lavagem de dinheiro e até “embargo” de obras em caso de inadimplência. Inclusive em obras da prefeitura do Rio, executadas por empresas contratadas. Essas ações, dessa forma, prejudicavam o andamento desses trabalhos da construção civil. A promotoria diz ser “estarrecedor” o fato de que, nas planilhas
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