
A luta contra a cultura da vida descartável é um dos maiores desafios do mundo contemporâneo. A ideia de que o assassinato de um nascituro é um direito da mulher se espalha em muitos países e as legislações tem legalizado a barbárie.
No Brasil a eleição de um presidente conservador em 2018 freou a acelerada caminhada no país para essa cultura de morte. Foi precisamente um grito pela vida dos inocentes e dos milhares de brasileiros assassinados de forma violenta que colaborou para a chegada de Bolsonaro ao Planalto.
Contra o recorde mundial de homicídios, o governo tentou endurecer a legislação com o Pacote Anticrime, muito desfigurado no Congresso Nacional e prejudicado pela falta de habilidade do então ministro da Justiça Sergio Moro nas negociações com os parlamentares.
Agora o governo pretende propor um projeto de lei antiaborto que dê ao Brasil uma legislação civilizada a respeito do mais covarde de todos os crimes. Para isso, Jair Bolsonaro determinou que a Casa Civil prepare um projeto de lei antiaborto para encaminhar ao Congresso Nacional.
O governo pretende ainda criar um dia nacional do nascituro e de conscientização sobre os riscos do aborto. A ideia do governo é atender a demanda da sociedade de restringir as possibilidades de aborto previstas na legislação brasileira e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal em decisões que usurpam a competência legislativa do Congresso Nacional.