O Presidente Jair Bolsonaro decretou ontem a inclusão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Plano Nacional de Desestatização. A medida foi formalizada através do decreto 10.699/2021.
Com a medida, a empresa começará a ser “avaliada por um serviço de consultoria internacional contratado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que resultará em um caderno de ações. O levantamento visa compreender as atividades, fontes de renda e despesas da empresa para, então, criar propostas de negócios dentro da realidade da estatal. A avaliação pode recomendar vários caminhos de ação: a privatização de apenas alguns setores da EBC, a intensificação e priorização de atividades comerciais que gerem receitas ou até mesmo a privatização total”, divulgou a própria EBC através do site da Agência Brasil.
De acordo com a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Martha Seillier, nem mesmo a extinção da empresa é descartada.
A EBC foi criada em 2008 e apelidada na ocasião de TV Lula. A estatal reúne oito veículos de comunicação, dentre os quais, a TV Brasil, a Radio Nacional e a Agência Brasil. A EBC, porém, apesar de ser uma empresa, não dá lucro. Pelo contrário. Diferentemente da congênere britânica, a BBC, a empresa brasileira não transmite propaganda privada, por exemplo, sendo financiada inteiramente com recursos do pagador de impostos.