Um acordo foi assinado nesta quarta-feira (02/06) pelas principais forças de oposição em Israel para a construção de um gabinete de coalizão que deve encerrar 12 anos do governo de Benjamin Netanyahu.
O acordo forma uma coalizão muito heterogênea. Nela estão incluídos os partidos Yair Lapid, que é de centro, o direitista Naftali Bennett e, até mesmo, uma legenda que representa os árabes-israelenses, a Lista Árabe Unida.
Se o acordo sair do papel, os partidos aliados formaram uma coalizão com 61 das 120 cadeiras do Knesset, o Parlamento israelense, que em um prazo de 7 a 12 dias deve analisar e aprovar o novo governo.
O nome do novo premiê não foi anunciado ainda, mas, especula-se o nome de Bennett, um ex-ministro da Defesa e defensor dos assentamentos na Cisjordânia. Ele pode ser o primeiro-ministro por um período de dois anos, sendo então substituído por Lapid, num sistema de rodízio.
É esperado que Netanyahu, o mais longevo primeiro-ministro da história do país e que enfrenta processos judiciais sob acusações de corrupção, trabalhe para pressionar deputados do Yamina, o partido de Bennett, para que desaprovem o acordo.