Uma das promessas de campanha não cumpridas pelo prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa, o retorno dos serviços do Hospital Iguassú parece mesmo um sonho distante. Meses antes da eleição que o manteve na cadeira de prefeito, Rogério Lisboa anunciou com grande alarde a devolução do Iguassú aos iguaçuanos.
Porém, apesar das obras terem começado em junho de 2020 com a promessa de entregar o hospital em março do ano passado (há um ano, portanto), tudo o que se viu até agora foi o consumo de recursos públicos, mas nenhum resultado.
Orçada inicialmente em 16 milhões de reais, a reforma do Hospital de Iguassú já tragou 23 milhões de reais de dinheiro público e quem passa pelo local percebe que essa história ainda vai longe.
Para piorar, os cidadãos ainda receberam uma ducha de água fria há alguns meses com a notícia de que o Iguassú não será mais um hospital a serviço dos iguaçuanos e somente oferecerá os serviços da Maternidade Mariana Bulhões, na Posse, que será fechada. Ou seja, na prática apenas teremos uma transferência de local da maternidade municipal.
Em janeiro deste ano, a prefeitura informou que 75% das obras estavam concluídas e que a previsão de término é entre junho e julho. Mas, não estipulou data para inauguração, o que indica grande probabilidade de que seja mais uma previsão “para inglês ver”.
A desconfiança aumenta quando lembramos que em
junho do ano passado, a prefeitura informou que a obra estava 60% concluída e que a previsão de conclusão seria em novembro.
A expectativa é que ocorra uma inauguração improvisada em meados deste ano, sem conclusão total das obras, com vistas à eleição de outubro, que será disputada por aliados de Lisboa.
O Hospital Iguassú foi fechado há 13 anos no governo do ex-prefeito Lindbergh Farias (PT), aliado do atual prefeito. A prefeitura promete que a maternidade que funcionará no local terá 86 leitos de enfermaria, 25 leitos de UTI neonatal, apenas cinco leitos de UTI materna, dez leitos de unidades intermediárias e três salas de cirurgia. Outra promessa é de que no local haverá atendimento pré-natal para mulheres com gravidez de alto risco.