Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário do Senado Federal no dia 1º de dezembro, o ex-Advogado-Geral da União André Mendonça assumiu hoje sua cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele passou pelas sabatinas após uma espera de quatro meses. A vaga foi aberta em julho, quando se aposentou o ex-ministro Marco Aurélio Mello. Porém, o presidente da Comissão, Davi Alcolumbre, empurrou o quanto pode a sabatina por rejeitar seu nome.
Mendonça é advogado, pastor e foi ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Ele já era aventado como um nome possível para o posto por conta das declarações do presidente indicando que o novo ocupante da Suprema Corte seria um jurista “terrivelmente evangélico”.
Mendonça nasceu em Santos, no litoral paulista, o advogado de 48 anos é formado pela Faculdade de Direito de Bauru, no interior de São Paulo. Ele é doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e Políticas de Integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Mendonça esteve na Advocacia-Geral da União (AGU) desde 2000. Na AGU, exerceu os cargos de corregedor-geral e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Ele assumiu o comando da AGU em 2019 após a posse de Bolsonaro na Presidência.
Após a saída do ex-ministro Sergio Moro, Mendonça foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública. Mas, posteriormente, voltou para a AGU em abril de 2021, quando houve uma reforma ministerial do governo Bolsonaro.