O Presidente da República Jair Bolsonaro participou na segunda-feira (02/11) de uma cerimônia em memória aos pracinhas brasileiros que compuseram a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Os soldados foram em missão à Itália durante a 2ª Guerra para combater o nazismo e o fascismo. A cerimônia teve lugar na cidade italiana de Pistoia. Estão sepultados nesta cidade 462 dos 20.573 soldados brasileiros que participaram dos combates durante a Segunda Guerra Mundial.
“Esta é a terra também de meus antepassados. Hoje, um sétimo da população brasileira, 30 milhões de pessoas, tem origem italiana. Em 1943, um dever nos chamava: voltar para a Itália e lutar por liberdade. Assim, 25 mil brasileiros cruzaram o Atlântico, muitos de origem italiana, e para cá vieram. Dois anos depois, quase 500 brasileiros aqui pereceram, mas a vitória se fez presente. Ouso dizer: mais importante que a própria vida é a nossa liberdade”, disse Bolsonaro.
O evento ocorreu no Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia, onde o presidente depositou uma coroa de flores no monumento ao soldado desconhecido, um pracinha não-identificado enterrado no local. “Daqueles jovens que estiveram aqui nos idos 43, 44 e 45, poucas dezenas ainda estão vivos, mas eles são, para nós, a chama da liberdade”, completou o presidente.
Na guerra, o general Mascarenhas de Morais foi o comandante das nossas tropas. A criação da força expedicionária surgiu em 1943, em uma reunião entre o presidente do Brasil, Getúlio Vargas, e dos EUA, Franklin Roosevelt. Em suas memórias, o marechal Mascarenhas afirma que a campanha na Itália é a que mais “sensibiliza e edifica porque, nessa pugna heróica, o sangue generoso dos brasileiros foi derramado em defesa da honra nacional, da dignidade humana e da democracia”.
Sobre as razões que impeliram o Brasil para a guerra, Mascarenhas afirma que “os propósitos que levaram o Brasil a tomar parte na Segunda Guerra Mundial, destacam-se o de revidar a agressão nazi-fascista à nossa navegação costeira e o de libertar povos submetidos à sanha de regimes totalitários e desumanos.”