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Cidade sem Memória – Prefeitura ignora morte de dois heróis em Nova Iguaçu

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As mortes do herói da Segunda Guerra e do herói do jornalismo iguaçuano passaram em branco para as autoridades.

Duas mortes que comoveram muitos iguaçuanos nessa semana foram ignoradas pela Prefeitura de Nova Iguaçu. No último domingo (14/06), faleceu Robinson Azeredo, editor-chefe do Correio da Lavoura, uma das publicações periódicas mais antigas do Brasil e orgulho de Nova Iguaçu. Na última quarta-feira, a cidade perdeu um ilustre morador, o 2°. Tenente Juventino da Silva, herói do Brasil.

Combatente brasileiro na Itália na Segunda Guerra Mundial, Juventino da Silva tinha 96 anos. Durante a guerra, foi convocado como “pracinha” e participou do contingente da Divisão de Infantaria Expedicionária da FEB, ajudando a derrotar o nazifascismo na Itália.

Robinson Belém de Azeredo tinha 76 anos e comandava com muita dificuldade há décadas o jornal fundado em 1917 pelo seu avô Silvino de Azeredo. Por seu jornal passaram grandes nomes do jornalismo que ali aprenderam o ofício.

Apesar da comoção e do vulto das duas personalidades, as duas mortes foram ignoradas pelo Prefeito Rogerio Lisboa, que não decretou luto oficial, nem se pronunciou sobre a perda. O comportamento não surpreende, pois a atual gestão não tem se notabilizado pelo zelo com a memória iguaçuana.

O pouco caso da Prefeitura com a memória iguaçuana revela-se em dois exemplos ligados ao próprio Correio da Lavoura, comandado por Robinson Belém de Azeredo. Recentemente o obelisco em homenagem a Silvino de Azeredo, fundados do jornal, teve subtraída as duas placas que homenageavam o centenário do jornal e o seu fundador. A Prefeitura ignorou o episódio e não repôs as homenagens.

Outro episódio ocorreu quando Robinson quis doar algumas peças da antiga oficina do jornal para a Casa de Cultura, de modo que ficassem em exposição permanente. A iniciativa do proprietário do jornal também foi ignorada e o material foi para o lixo.

“Fica o péssimo exemplo para as próximas gerações. Se vidas tão dedicadas ao país e à cidade não são valorizadas, a juventude perde as boas referências”, disse um amigo de um dos falecidos que prefere não ser identificados temendo retaliações.

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