1,1 milhão de doses da CoronaVac foram entregues nesta sexta-feira (14/05) ao Ministério da Saúde pelo Instituto Butantan. Após a entrega, o Butantan anunciou a suspensão da produção contra a COVID-19 por falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). 10 mil litros do material estariam retidos na China aguardando liberação da ditadura chinesa.
O governador de S. Paulo, João Doria atribui o atraso na entrega a supostos impasses diplomáticos entre o Brasil e a China. A suposição do tucano baseia-se no que ele chama de agressão ao país asiático pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Disse João Doria: “As agressões feitam foram muito danosas. Ver um presidente da República dizendo que a China criou o vírus e disseminou a Covid-19 pelo mundo e o ministro da Economia falar a mesma coisa. Isso provocou uma reação muito negativa. Temos que, neste momento, apostar na boa conduta do Itamaraty.”
Entretanto, o Governo Federal nega que existam problemas de ordem diplomática entre Brasil e China. O ministro das Relações Exteriores Carlos França reiterou recentemente que não há nenhuma animosidade entre os dois governos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por sua vez, afirmou que a Fiocruz, responsável pela produção da AstraZeneca, está recebendo normalmente o IFA da China e que o problema com o país em relação aos insumos para a produção da CoronaVac é contratual.
“A questão do Butantan com a China é uma questão contratual. Espero que esse suprimento de IFA ocorra normalmente e a produção se regularize para que tenhamos também disponível a vacina CoronaVac como tem sido desde o começo do ano”, disse Queiroga.