O presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, iniciou uma verdadeira cruzada contra a possibilidade de auditoria do processo eleitoral. Depois da estranha remoção do “pai” da urna eletrônica, Giuseppe Janino, da Secretaria de Tecnologia da Informação na última terça-feira (11/05) e das investidas nos bastidores para convencer parlamentares a impedir o avanço da PEC do voto auditável no Congresso, Barroso aposta em uma campanha para convencer a sociedade que o sistema eleitoral é seguro.
O ministro apresentará nesta sexta-feira (14/05) um vídeo institucional que será divulgado em massa no intuito de desmobilizar a sociedade da luta pelo voto auditável. Barroso alega publicamente que a razão da sua rejeição à possibilidade de auditoria das eleições é o risco de judicialização do processo eleitoral, com questionamentos sobre o resultado das eleições em caso de qualquer divergência nos resultados.
Barroso não percebeu, porém, como já mostramos em reportagem aqui no Nova Iguaçu 24h, que é precisamente por não poder haver divergências nos resultados é que faz-se necessária a possibilidade de auditar. E sem querer confessou que podem haver tais divergências.
Segundo os adversários da possibilidade de auditoria, em 25 anos de uso da urna eletrônica, nunca foi comprovada nenhuma fraude na votação eletrônica. Porém, o que não é dito é que as fraudes nunca foram comprovadas justamente porque o processo não é auditável. O processo eleitoral brasileiro é, na verdade, perfeito para a fraude.