Dom Adriano Hypólito foi o bispo que por mais tempo esteve à frente da Diocese de Nova Iguaçu. Foram 28 anos de dedicação ao povo de Deus da Baixada Fluminense. Mas nessa trajetória houve muitos espinhos. E é com o propósito de retratar as dificuldades vividas por ele que a Diocese de Nova Iguaçu convida os iguaçuanos para uma sessão de cinema na próxima quinta-feira (18/01).
Na data em que se celebram os 106 anos de nascimento do saudoso bispo, ocorrerá a exibição de um documentário sobre os obstáculos vividos pela Igreja naquele período.
A exibição do documentário “Fé e Luta – Igreja Católica e Ditadura Militar em Nova Iguaçu” ocorrerá às 14h30 do dia 18 de janeiro. A sessão ocorrerá no auditório do CENFOR, situado na Rua Dom Adriano Hypólito, nº. 08, no bairro do Moquetá.
CONFLITO COM O REGIME CIVIL-MILITAR
Dom Adriano tornou-se bispo diocesano de Nova Iguaçu em 1966 e exerceu o governo da Igreja da Baixada até 1994, quando se aposentou. Sua caminhada como bispo na Baixada coincidiu quase integralmente com o regime civil-militar de 1964 a 1985.
Crítico das omissões (e dos excessos) dos governos de então, Dom Adriano acabou se tornando um alvo da linha dura do regime. O bispo denunciava com frequência os crimes do chamado Esquadrão da Morte, uma espécie de precursora da milícia. Além disso, Dom Adriano também era crítico da insuficiência das políticas sociais de seu tempo.
PERSEGUIÇÃO E VIOLÊNCIA
Em 22 de setembro de 1976 foi sequestrado, espancado no cativeiro e abandonado numa estrada, nu e pintado de vermelho. Seu carro foi explodido (foto abaixo). Apesar dos crimes, não houve sucesso nas investigações, nem presos.
Em seu trabalho pastoral, Dom Adriano criou, em 12 de fevereiro de 1978, a Comissão de Justiça e Paz na Baixada Fluminense. Em março de 1978, começou uma perseguição a Dom Adriano em suas visitas dentro da Diocese e nas visitas a outros bispos. Foi vigiado até mesmo de helicóptero, durante uma conferência para o clero de Volta Redonda. Em abril de 1978, recebeu ameaças de novo sequestro e castigo exemplar.
Em novembro de 1979, três igrejas receberão pichações com injúrias contra sua pessoa. Mas, no dia 20 de dezembro de 1979 as ameaças de concretizaram e uma bomba explodiu no altar da Catedral. Além disso, uma carta deixada na igreja acusava Dom Adriano de proteger comunistas.
Em 1993, o bispo inaugurou o Centro de Direitos Humanos, para continuar o trabalho da Comissão de Justiça e Paz. Posteriormente à sua renúncia ao episcopado em 1994, Dom Adriano assumiu a Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania (SODIHC).
Dom Adriano Mandarino Hypólito faleceu em 10 de agosto de 1996 aos 78 anos.
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