Morre Léa Garcia

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Léa Garcia (dir.) com a também atriz e também nonagenária Laura Cardoso (esq.). Foto: Divulgação.

A atriz Léa Garcia morreu aos 90 anos de idade, conforme comunicado em seu perfil nas redes sociais nesta terça-feira (15/08). Porém, a causa do falecimento não foi divulgada.

A nota oficial divulgada pela família expressa o pesar: “É com pesar que informamos o falecimento da nossa amada Léa Garcia na cidade de Gramado, durante o Festival de Cinema de Gramado.”

Léa estava presente em Gramado, no Rio Grande do Sul, para participar do Festival de Cinema da cidade, onde receberia o Troféu Oscarito em homenagem, juntamente com sua colega atriz Laura Cardoso.

A organização do festival destacou a trajetória de Léa Garcia: “Léa Garcia possui uma história antiga com Gramado, conquistando quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Completando 90 anos, a veterana tem mais de 100 produções em seu currículo, abrangendo cinema, teatro e televisão. Sua trajetória ilustre nas artes inclui uma indicação ao prêmio de Melhor Interpretação Feminina no Festival de Cannes em 1957, por sua atuação no filme Orfeu Negro. Esse filme, em 1960, ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, representando a França.”

Léa acompanhou as primeiras exibições do festival, que teve início na sexta-feira (11/08).

VIDA E OBRA DE LÉA GARCIA

A vida e a obra de Léa Garcia revelam uma carreira multifacetada. Nascida em março de 1933, no Rio de Janeiro, ela iniciou sua trajetória no teatro, estreando em 1952 na peça “Rapsódia Negra” pela companhia Teatro Experimental do Negro. Sua incursão no cinema se deu em 1957, interpretando “Serafina” no longa-metragem “Orfeu Negro”, adaptado da peça homônima e dirigido pelo francês Marcel Camys. O filme foi indicado à Palma de Ouro em Cannes em 1957 e venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte.

Na televisão, Léa estreou nos anos 1950 pela TV Tupi. Em 1970, teve sua primeira atuação na TV Globo em “Assim na Terra como no Céu”. O ponto alto de sua carreira na televisão ocorreu em 1976, com a novela “Escrava Isaura”, onde desempenhou o papel de vilã. Essa atuação não só lhe rendeu reconhecimento, mas também a exposição a desafios e até violência física, devido à confusão entre sua personagem e sua vida real.

A organização do Festival de Cinema de Gramado enalteceu seu impacto: “[Léa] foi uma peça crucial na quebra dos padrões tradicionalmente atribuídos a atrizes negras. Tornou-se uma referência para jovens atores devido à qualidade de suas atuações.”

A atriz Zezé Motta afirmou: “Quando eu estava começando no mundo das artes, ela já brilhava nas telonas. Léa Garcia é uma inspiração. Doce, gentil, talentosa, uma estrela, uma pérola. Precisamos homenageá-la todos os dias.”

Leá ainda atuou em papéis nos filmes “Barba, Cabelo e Bigode”, “Pacificado” e “O Pai da Rita”, em 2022. Dessa forma, teve uma carreira ativa até o fim de sua vida.

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