Após a confissão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso de que lutou para derrotar o bolsonarismo, parlamentares começaram a coletar assinaturas na noite desta quarta-feira (12/07) para apresentar um pedido impeachment do ministro, que foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com os deputados, nos primeiros 30 minutos de mobilização foram coletadas 25 assinaturas.
Vaiado em um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), por um grupo que carregava a faixa: “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”, o ministro tentou conquistar a simpatia da plateia, majoritariamente de esquerda, confessando sua guerra contra Jair Bolsonaro.
Barroso atribuiu ao bolsonarismo a narrativa de inimigo do Estado de Direito: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse o ministro.
Para bolsonaristas, a fala em público foi um “escorregão” e comprova a tese de ativismo judiciário do Supremo. Em outra fala recente, Barroso já havia confessado que o Judiciário “passou a ser poder político”
Pedidos de impedimento de ministros da Suprema Corte devem ser apresentados ao Senado Federal. A Casa, porém, conta com um aliado dos ministros do STF na Presidência, o Senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que almeja uma indicação para a Suprema Corte.
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