A morte da Rainha Elizabeth II aos 96 anos nesta quinta-feira (08/09) implicará em mudanças profundas na vida do país. Após 70 de reinado, seu filho primogênito, Charles passa a ser o novo monarca do Reino Unido. O rei se pronunciou sobre a morte de sua mãe:
“A morte da minha amada mãe, Sua Majestade a Rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família”, afirmou Charles em nota oficial divulgada pela casa real. “Lamentamos profundamente o falecimento de uma querida Soberana e de uma mãe muito amada”, completou.
O novo monarca tem a prerrogativa de escolher o nome que usará como rei ou rainha. Sua mãe chamava-se Elizabeth desde o batismo e não mudou de nome. Charles também decidiu manter seu nome e será Charles III (ou Carlos III em português). O último monarca com este mesmo nome, Carlos II, reinou no século XVII.
O hino inglês mudará a partir de agora. O “God Save the Queen” (Deus Salve a Rainha) que a maioria dos britânicos aprendeu a cantar desde a infância será substituído pelo “God Save the King” (Deus Salve o Rei). O hino inglês é uma oração que pede a Deus auxílio ao monarca reinante. A Inglaterra é um estado confessional e o rei é o chefe da Igreja Anglicana.
Charles é o monarca britânico que chega mais idoso ao trono, aos 73 anos. Nos últimos tempos, Charles já comparecia a compromissos da coroa em nome de sua mãe, como ocorreu neste ano, quando ele a substituiu na cerimônia de abertura do Parlamento Britânico.
A COROAÇÃO
Não há ainda uma data para a cerimônia de coroação do Rei Charles III. Embora ele tenha assumido a condição de rei imediatamente após o último suspiro de sua mãe, a coroação é um ato protocolar indispensável, não apenas pelo simbolismo, como pelas razões religiosas.
A coroação de sua mãe ocorreu quase dezesseis meses após a morte de seu avô, o Rei Jorge VI. É de se supor, porém, que no caso de Charles não se demore tanto tempo pela sua idade e pelas facilidades tecnológicas que demandam menos tempo para os preparativos.