Morreu na tarde deste sábado (14/08), aos 68 anos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele foi um dos principais estopins para tornar públicos os esquemas de corrupção nos governos petistas e que foram investigados pela Operação Lava-Jato. A causa da morte não foi divulgada.
Costa ficou conhecido por ter sido preso pela Lava-Jato em 2014 e por ter delatado os esquemas de corrupção do petismo na companhia. O ‘delator-bomba’ foi preso depois do doleiro Alberto Youssef, outro alvo da operação e seu parceiro em esquemas de corrupção.
Na delação premiada firmada com o Ministério Público Federal, Costa contou sobre esquemas de enriquecimento ilícito que favoreciam políticos e confessou ter recebido subornos de empreiteiras que faziam um cartel na Petrobras. Ele delatou, entre outros, o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
Quando assinou acordo de delação, Costa renunciou a cerca de 23 milhões de dólares mantidos em contas na Suíça, à época bloqueados, além de mais 2,3 milhões de dólares em Cayman. Na ocasião, o ex-diretor devolveu 79 milhões de reais à Petrobras.
Costa permaneceu preso durante cinco meses no Paraná e mais um ano em prisão domiciliar. Em 2015, passou para o regime semiaberto, residindo em Petrópolis (RJ).