Morreu na madrugada desta sexta-feira (05/08) aos 84 anos, o escritor, apresentador, ator, diretor e humorista José Eugênio Soares, o Jô. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), segundo sua assessoria. A causa da morte ainda não foi divulgada.
O enterro e velório do “Gordo”, como era carinhosamente conhecido pelo público, serão reservados à família e amigos.
De família rica, Jô era filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares e teve uma grande formação, além de ter tido contato com grandes personalidades do país desde criança. Ele nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, mas seu amor pela arte falou mais alto.
Foi humorista, apresentador de televisão, escritor, diretor e ator. Seu primeiro papel foi em “O Homem do Sputnik”, filme de Carlos Manga de 1958.
Em 1961 começou a trabalhar na TV Record, onde atuou em programas como “La Reuve Chic”, “Jô Show” e “A Família Trapo”, além de escrever o “Simonetti Show”. Na TV Globo se consagrou com o “Viva o Gordo”.
Reinventou-se no final da década de 80 e tornou-se apresentador no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) com o programa “Jô Soares Onze e Meia”, que foi ao ar entre 1988 e 1999. Em 2000, foi para a TV Globo com o mesmo programa, rebatizado como “Programa do Jô”, que esteve no ar até 2016.
EX-MULHER INFORMOU SOBRE A MORTE E FEZ DECLARAÇÃO
A ex-mulher de Jô, Flávia Pedras Soares, foi quem deu publicidade à morte do ex-marido. Ela deu a notícia acompanhada de uma declaração de amor:
“Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados.
O funeral será apenas para família e amigos próximos.
Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida.
A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor.
Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo.
Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores Amor eterno, sua,
Bitika”