A perseguição da ditadura socialista da Nicarágua aos religiosos segue implacável. Nesta segunda-feira (1°/08), o ditador Daniel Ortega decretou o fechamento de rádios católicas do país, ampliando a perseguição contra a Igreja que parecia ter atingido o limite do absurdo com a expulsão das Missionárias da Caridade, a congregação fundada pela Santa Madre Teresa de Calcutá.
O regime enviou comunicado para a rádio Hermanos, emissora da diocese de Matagalpa, determinando o seu fechamento. O mesmo decreto que afeta a rádio Hermanos também atinge outras sete rádios católicas da Nicarágua.
A ditadura atribui oficialmente o fechamento a uma suposta falta de alvará de funcionamento das rádios. Mas a medida é uma evidente retaliação do regime de Daniel Ortega às frequentes críticas do bispo de Matagalpa, Dom Rolando Alvarez, que denuncia publicamente os crimes do ditador.
Mas as medidas contra as rádios não ficaram apenas nos comunicados. A polícia nicaraguense também invadiu uma capela dedicada ao Menino Jesus de Praga na cidade de Sébaco, bem como as instalações da rádio católica no mesmo complexo nesta segunda (1°/08). O Padre Uriel Vallejos se recusou a entregar os aparelhos da rádio paroquial e pediu ajuda aos paroquianos em uma live no Facebook.
Os fiéis se reuniram para protestar contra a ação policial. Os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e atiraram durante a operação. Dois paroquianos ficaram feridos. A polícia prendeu vários cristãos e cortou a energia elétrica da casa do Padre Uriel.
O episcopado da Nicarágua emitiu comunicado repudiando os mais recentes episódios da perseguição perpetrada pela ditadura da Nicarágua contra a Igreja.
Os bispos ainda exortaram os fiéis a “continuarem dobrando os joelhos pela proteção e santificação dos sacerdotes” nesta quinta-feira (04/08), festa litúrgica do Santo Cura d’Ars, e a fazerem “jejum e oração” na sexta-feira (05/08), “porque a oração salvará a Nicarágua”.
A Nicarágua vive sob um regime ditatorial socialista e como tal, com forte hostilidade contra a Igreja e todos os religiosos. O ditador Ortega é próximo do candidato petista à Presidência do Brasil, Lula da Silva e, constantemente, é elogiado pelo brasileiro.